Toninho Telefunken na Câmara. Foto - Ascom
Toninho Telefunken na Câmara. Foto - Ascom
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O líder negro Antônio Carlos, conhecido como Toninho Telefunken, ocupou a Tribuna da Câmara de Itabirito (MG) nesta segunda-feira (21/11), durante reunião ordinária.

O Dia Nacional da Consciência Negra é em 20/11 e, por causa disso, Toninho abordou o tema tendo como realidade o município itabiritense.

Ele reconheceu vitórias que dizem respeito à causa, como a realização da Semana da Consciência em Itabirito. “Têm debates, rodas de conversa, oficinas de ritmos nas escolas, e tudo de graça!”, comemorou. Contudo, para o líder, faltam incentivos para que o Movimento Negro itabiritense, e suas expressões, possa atuar com mais veemência.

Segundo o líder, o grupo Axé Igbá (uma das mais importantes expressões da Cultura Negra em Itabirito) para se apresentar no Julifest 2022, por exemplo, recebeu o cachê mais de um mês depois da apresentação, realidade que, segundo ele, dificulta a manutenção dos trabalhos.

Telefunken lamentou a falta em Itabirito de expressões, como o Congado e escolas de samba. “Nossa cultura popular está acabada”, acredita. Para ele, é preciso haver uma “proposta cultural mais séria de ajuda às entidades”.

Telefunken citou o racismo, a reforma agrária e a falta de programas habitacionais. “É uma luta por igualdade, pelo direito e pela conquista do negro. Uma dívida que o país tem há anos”, afirmou.

Toninho ainda lembrou que, em 1988, foi criado o Movimento Cultural Afro Brasileiro de Itabirito (Mocabi), que promoveu a primeira missa afro na Igreja de Nossa Senhora do Rosário.

Presidência

O presidente Arnaldo (MDB), por sua vez, ressaltou que existe uma lei que determina que a Câmara de Itabirito promova algum evento para marcar o Dia Nacional da Consciência Negra. Contudo, essa lei, admitiu o presidente, não tem sido respeitada no decorrer dos anos.

Telefunken teve direito a se expressar, sem estar na pauta oficial, em respeito à lei e em respeito à importância do tema.

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