Itabirito (Região Central de Minas) – Olímpia Martins Paranhos, mais conhecida como Pepita (ou Pipita para muitos), foi a primeira vereadora da história do município. Ela também se tornou referência à frente da ONG Amor Exigente, que cuidava de dependentes químicos.
Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher e faltando alguns meses para os 100 anos de Itabirito, o Radar Geral tirou proveito de texto, em homenagem à Pepita, feito hoje pela Comunicação da Câmara.
Primeira e, na época, única
Como vereadora, ela tomou posse em 1989 e, durante quatro anos, exerceu seu mandato na Câmara. “Na época, fui a vereadora que recebeu mais votos na eleição municipal, entre homens e mulheres. Isso foi muito importante para mim”, relembra.
Antes de se tornar parlamentar, Pepita trabalhava na área da saúde na Prefeitura. E foi convidada pelo ex-prefeito de Itabirito, Gastão Melillo, a se candidatar para o cargo de vereadora. “Ele pediu autorização para minha mãe e, depois do consentimento dela, resolvi me candidatar”, contou.
Pepita era a única mulher no Plenário. “Sempre usei calça. Mas, quando eu ia nas reuniões da Câmara, gostava de usar saia. Era para marcar mesmo a presença feminina na Casa Legislativa”, disse.
Entre os projetos mais importantes do seu mandato, Pepita relembra da promulgação da Lei Orgânica de Itabirito e de diversas ações para melhorar a saúde na cidade. “Procurei sempre ajudar àqueles que mais precisavam, principalmente na área da saúde, porque era ‘onde’ eu tinha mais conhecimento”, afirmou.
Hoje, aos 79 anos, Pepita está aposentada e cuida de duas irmãs mais velhas. “Fui a primeira e espero que mais mulheres ocupem este espaço. Precisamos de mais mulheres na política porque nós temos um olhar diferenciado, um olhar maternal. Mas isso não quer dizer que não somos firmes. Coragem, mulheres de Itabirito. A nossa cidade precisa de mulheres fortes e capazes na Câmara”, reforça.
Matéria com base em texto feito pela Câmara de Itabirito.
