Casas sendo demolidas no bairro Pedra Azul por causa do risco de demoromanto de encosta acima das residências. Foto - Sou Notícia
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Itabirito (Região Central de Minas) – Na tarde de ontem (25/1), no bairro Pedra Azul, houve uma polêmica em relação a casas (em situação de risco e desapropriadas pela Prefeitura) que estavam sendo demolidas (também pela Prefeitura). A forma com que os trabalhos estavam acontecendo fez com que moradores locais chamassem o vereador Pastor Anderson Martins do Sou Notícia (MDB). O parlamentar explicou a situação ao Radar Geral:

“Quando lá cheguei, havia um único funcionário fiscalizando a obra, que é o chefe de Divisão da Secretaria de Obras da Prefeitura, e o maquinista. Na verdade, tinha que ter, tecnicamente, um engenheiro acompanhando a obra, um técnico de segurança, a Defesa Civil e, por precaução, os bombeiros (combatentes da Brigada). O mais importante era a Defesa Civil estar presente. Eu me senti no direito de chamar os bombeiros. O bombeiro me orientou que a Defesa Civil tinha que acompanhar. Eu usei a minha autoridade de fiscalizar e naquele primeiro momento, eu mandei desligar a máquina”, disse o vereador.

Continuou o parlamentar, “algumas dessas casas tinham parede-meia com outras casas que não foram desapropriadas. E em uma dessas casas (que não seria demolida) tinha uma senhora, um rapaz, um moço e uma mulher com uma criança. Fui eu que pedi à mulher, com a criança, para sair. Eu agi como vereador e, como jornalista, fiz sim uma matéria para trazer isso a público para que tenha fé pública. Peço a Prefeitura que tenha mais responsabilidade quando for demolir estruturas desse tipo. Outra coisa que tem que observar: tudo é planejado. A Cemig tem que ser acionada pela Prefeitura, e a energia tem que ser desligada. Isso porque as paredes são muito próximas. O nosso código de posturas, alguns anos atrás, falhou. Hoje em dia, não se pode construir mais casas coladas na energia elétrica”.

Trabalho da Prefeitura gera polêmica no Pedra Azul. Foto – Sou Notícia

O vereador ainda disse: “Logo após o meu questionamento, chegou a Guarda Municipal (GM) e, depois, a Defesa Civil. E chegaram também os engenheiros de uma empresa contratada pela Prefeitura. A GM sinalizou o local. Sendo assim, eu saí e eles deram prosseguimento aos trabalhos”.

O caso, por meio do site Sou Notícia (de propriedade do vereador) e das redes sociais (como WhatsApp), teve repercussão na cidade.

Com a palavra, a Prefeitura

O secretário de Obras da Prefeitura, engenheiro Geraldo Torres, colocou o seu ponto de vista acerca do assunto: “Atividade normal e dentro do previsto. Essas casas foram desapropriadas porque estavam em risco de deslizamento do talude acima. A rede de alimentação dos padrões da Cemig já estavam desligado, área isolada e sinalizada”.

Por sua vez, a Comunicação da Prefeitura se expressou da seguinte forma: “Trata-se de um serviço corriqueiro da Secretaria de Obras. As casas foram desapropriadas pelo risco de desabamento do barranco acima delas. Foi pedido à Cemig o desligamento dos relógios – o que ocorreu há poucos dias. Então, hoje (ontem), foi feita a sinalização. A Guarda Municipal se fez presente e a Prefeitura entrou com as máquinas para demolir nos locais onde era seguro. Nos locais onde há divisa com casas, que não foram desapropriadas, a demolição se dará de forma manual. Por isso, não havia a necessidade de desligar toda a rede da Cemig”.

Algumas casas têm paredes-meias com outras residências que não serão demolidas. Foto – Sou Notícia
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