Com a GM de Itabirito desarmada, carro usado em assalto a Vivo foi estacionado em ponto do táxi

Itabirito (Região Central de Minas) – Combater desarmado a criminalidade é vantagem para o bandido. Na última quinta-feira (21/7), no assalto a loja da operadora Vivo, no Centro da cidade, em que (segundo informações) foram levados 20 celulares, o carro usado pelos bandidos armados foi estacionado em um ponto de táxi.

Obviamente, com exceção dos táxis, trata-se de um local em que estacionar é proibido. Sendo assim, uma pergunta pode ser feita: e se a Guarda Civil Municipal de Itabirito (GM), desarmada e desavisada a respeito da ação dos ladrões, fosse na hora tomar as providências cabíveis de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro?  

“Desavisada” porque os bandidos exigiram que as funcionárias da loja se comportassem como se nada estivesse acontecendo. Portanto, não houve, a princípio, uma movimentação que correspondesse a uma situação de assalto.

“Sem dúvidas que uma guarda armada diminuiu o índice de criminalidade na cidade. O assalto, que teve nesta semana, colocou em risco a vida de toda população e da própria GM. Imagina se uma viatura passa na hora e vai fazer uma simples orientação no veículo que cometeu assalto porque ele estacionou na vaga de táxi? Se isso acontecesse, os autores não iriam pensar duas vezes para atirar”, acredita a comandante da GM de Itabirito, Fernanda Brito.

Mariana

Em vários pontos do país, as GMs estão armadas. Na histórica cidade de Mariana (MG), a 60 km de Itabirito, os agentes municipais de segurança usam armas há cerca de um ano.  

Em depoimento feito pelo telefone ao Radar Geral, o secretário de Defesa Social da Prefeitura de Mariana, tenente Freitas, disse que até agora os GMs marianenses não precisaram fazer nem sequer um disparo com arma de fogo.

“A discussão se a Guarda está preparada para portar armas já se encerrou em Mariana. Hoje os guardas podem estar em qualquer lugar do município. Antes, havia lugares em que a Guarda não podia ir por estar desarmada”, relatou o secretário.

Ainda segundo Freitas, após os GMs estarem armados, postos integrados da Guarda Civil Municipal marianense, Polícia Militar e Polícia Civil foram instalados em:

1– Cachoeira do Brumado – que atende também às localidades de Barroca, Barro Branco, Cafundão e Mundinho.

2- Furquim – que atende também a Cuiabá, Goiabeiras, Santa Efigênia, Santa Margarida, Constantino e Paraíso.

3- Águas Claras – que atende também a Cláudio Manoel, Paracatu, Campina, Monsenhor Horta e Pedras.

“Antes de os guardas estarem armados, era impossível a ideia dos postos integrados. Esses postos trazem muito mais segurança à população. A presença da Guarda armada intimida o bandido, que começa a pensar mais se vale a pena cometer o crime. Nosso objetivo agora é aumentar o efetivo de 116 para 150 guardas por meio do concurso público”, relatou o secretário.

Em Mariana, segundo o tenente, a GM não atuava durante todo dia antes de estar armada. “Hoje tem condições de ficar a noite toda”, afirmou.

O assunto “GM de Itabirito armada” vem à tona na medida que o número de crimes a comércios da cidade sobe drasticamente.

Estes são os casos de crimes em ordem de divulgação feita pelo Radar Geral:

1, 2 e 3 – Lanchonete, loja de roupas, loja de maquiagem furtadas na madrugada de terça-feira (19/7).

4 – Assalto à loja da Vivo (na tarde de 21/7).

5 – Escola de informática furtada nesta madrugada (23/7).

6 – Guichês da Rodoviária (furtados na madrugada de 22/7).

Inclusive, um sétimo furto teria acontecido, nesta madrugada (23/7), na loja de material de construção Transcol (bairro Santa Efigênia). Contudo, o Radar ainda não conseguiu pegar dados deste caso em específico.

Além dos sete casos citados, o Radar tem informação de que houve outros furtos em estabelecimentos comerciais da cidade. 

Em tempo: toda Guarda armada passa por treinamento rigoroso para saber quando e como usar a arma.