Manifestação passou em frente à Prefeitura de Itabirito. Foto - Reprodução - Sou Notícia
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Cerca de 30 taxistas fizeram carreata pelas ruas de Itabirito (Região Central de Minas) para sensibilizar a Prefeitura para as reivindicações da classe. São elas: redução no valor do alvará, flexibilização na exigência do motor, ponto rotativo, fiscalização dos carros que atendem por aplicativo e menos exigência no tamanho porta-malas.

A manifestação aconteceu na tarde desta segunda-feira (8).

Alvará mais barato

Segundo a classe, atualmente, o valor (anual) a ser pago por um alvará de táxi em Itabirito é de R$ 463. “Há três anos, a gente pagava R$ 82”, disse a taxista Ana Maria Assis (68), que está no ramo há 12 anos.

De acordo com ela, no ano passado, os taxistas pagaram R$ 384,60. “O valor tem subido muito nos últimos anos”, reclamou.

Os taxistas disseram ao Radar Geral que o prefeito Orlando Caldeira (Cidadania), em reunião, sinalizou com a possibilidade de cortar imposto municipal do alvará. Contudo os taxista não souberam dizer quanto o valor diminuiria caso aconteça a redução.

Fiscalização dos motoristas de aplicativos

A classe reivindica que os carros, que atendem por aplicativo, sejam acionados somente por meio do programa. Eles discordam que os motoristas do 99, por exemplo, abordem pessoalmente passageiros (em pontos de ônibus, de táxi, na porta de supermercados etc) oferecendo seus serviços.

Segundo os manifestantes, isso torna a concorrência desleal, uma vez que os motoristas de aplicativo não são obrigados a arcar com quantidade de taxas, como os taxistas, e não trabalham com limitações de conduta nem sequer com tantas exigências para os veículos.

Ponto rotativo

Os taxistas reivindicam a possibilidade de pegar passageiros e de permanecer em qualquer ponto quando houver demanda. “O importante não é somente ganhar dinheiro, é também servir a população quando ela precisar”, disse Ana. “É claro que não vão ficar vários táxis em um só ponto. A questão é o taxista ter mais liberdade de parar e de pegar o passageiro onde houver necessidade”, exemplificou ela.

Atualmente um taxista tem seu ponto fixo. Caso ele pegue passageiro em outro ponto, o colega de profissão costuma queixar-se. “Reclama mesmo quando não há táxi à disposição no ponto”, disse Ana.

“Há pontos bons e outros ruins. Muitas vezes, nos pontos bons, falta táxi porque a procura é maior que a oferta”, explicou.

Motor

Segundo o taxista Antônio Francisco Lima (72), que está no ramo há mais de 20 anos, carros 1.0 turbo atualmente têm mais força que carros 1.5. “E carros 1.4 turbo são melhores que 1.8 com 16 válvulas”, disse ele ao defender a reivindicação de que a Prefeitura deveria flexibilizar na exigência de motor. Isso com base na realidade tecnológica atual.

De acordo com ele, a Prefeitura não aceita carros 1.0 como táxi, o que (hoje em dia), para a classe, é um erro.

Porta-malas

A capacidade do porta-malas dos táxis é outra situação que perturba os taxistas. “Quando o taxista coloca nos critérios do carro que seu porta-malas tem 500 litros, depois ele tem dificuldade para ‘pegar’ o carro”, disse o senhor Antônio Francisco.

Entretanto, para ele, essa situação em específico é de menor importância. “Mas se pudessem padronizar para 440 litros seria muito bom para todos”, disse ele.

Outro lado

O Radar Geral aguarda posicionamento da Prefeitura. O questionamento à administração foi feito na noite de segunda-feira (8). Portanto, de fato, não houve tempo hábil para uma resposta. Caso a Prefeitura se posicione, o Radar publicará o “outro lado” da história.

Veja mais fotos da manifestação reproduzidas a partir de vídeo publicado em rede social do site Sou Notícia (de Itabirito):

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