Drogalima, em Itabirito. Foto - Google
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Uma das mais tradicionais farmácias de Itabirito (na Região Central de Minas) encerrou suas atividades na última sexta-feira (22/7). Trata-se da Drogalima, que existiu por 47 anos.

Inaugurada em 17 de fevereiro de 1975, o estabelecimento funcionou por 10 anos em frente onde é hoje a Travessa Domingos Pereira (praça dos Correios); e há 37 anos, na Rua João Pessoa (ao lado da Praça Dr. Guilherme).

Em entrevista ao Radar Geral, o proprietário Edivaldo Alberto Lima (73 anos) disse que o principal motivo do encerramento é que ele está concentrando forças para o término de uma pousada voltada para a terceira idade, que o empresário está construindo na sua ATI (Academia de Tênis de Itabirito), no bairro Monte Sinai. “Terá hidromassagem, beach tennis, natação, bocha. Coisa que na região não existe. Há boas pousadas nas redondezas, mas nenhuma voltada para a terceira idade”, afirmou.

Outro motivo, segundo ele, é que farmácias estão ficando inviáveis depois da instalação de unidade básicas de saúde e disponibilidade gratuita de vários medicamentos. “Têm também bons supermercados, inclusive nos bairros. Ninguém compra mais xampu, cremes ou desodorante em farmácias, por exemplo”, constatou.

Para Edivaldo, que se considera um farmacêutico prático, a tendência é que as farmácias acabem e que sobrem somente as drugstores, como a Araújo. “Antigamente, o farmacêutico era o médico das pessoas pobres que não tinham condições de procurar um médico (…). Hoje ninguém mais chega com ‘receitas grandes’ em farmácias mais simples”, disse.

Desapropriação

Segundo o Decreto 14371 de 17 de maio de 2022, o prédio (onde funcionava a Drogalima) abrigará o Departamento de Fiscalização de Coletivos e o Procon. De acordo com a Prefeitura, o imóvel foi declarado de utilidade pública para fins de desapropriação.

De acordo com o Portal da Transparência, serão pagos R$ 1.851.163 na desapropriação – valor estabelecido por três avaliadores.

Família

Edivaldo e alguns de seus familiares marcaram a história de Itabirito.

Ele, por anos, como já mencionado, foi referência para quem precisava de algum medicamento, mas não tinha condições de procurar um médico. Já o pai de Edivaldo, Bebeto Bretas, foi um dos responsáveis pela construção da Casa de Repouso Santa Luíza de Marilac; e o avô de Edivaldo, Antônio Lima, foi um dos responsáveis pela construção do Hospital São Vicente de Paulo.

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