“Nós precisamos discutir uma política de enfrentamento ao IST/Aids com todos os segmentos da sociedade representativa das populações chaves”, disse o Leandro Dias, membro do Comitê Estadual de Saúde Integral LGBT.
IST, para ficar claro, é a sigla para “Infecções Sexualmente Transmissíveis” (antes a sigla era DST).
Segundo o comitê, com base em números oficiais da Secretaria Municipal de Saúde, atualmente em Itabirito, há 111 pessoas com teste positivo para HIV. Sendo que três não querem se tratar por questões religiosas.
Para falar desse e de outros assuntos relacionados, será feito nesta quarta-feira (9), 19h, na página do Movimento Ita LGBT, no Facebook, um seminário com o tema é “HIV, Covid: Construção coletiva de políticas públicas; semelhanças e diferenças entre as pandemias”. Ou seja, as duas pandemias serão tratadas tendo como base a realidade brasileira e de Itabirito.
Participarão o doutor Marcelo Campos, infectologista; Alessandra Ramos, ativista pelos Direitos Trans e presidente do Instituto Transformar; e Salvador Correia, psicólogo, sanitarista e ativista. O mediação ficará a cargo de Leandro Dias.
“Vamos dialogar sobre políticas públicas que promovam o enfrentamento, garantam ações de prevenção as ISTs, implementem a prevenção combinada e a redução de danos, conhecendo o uso e as pesquisas com a profilaxia pré-exposição ao HIV”, informou a divulgação do evento.
Entenda a diferença entre HIV e Aids
Segundo a organização internacional Médicos Sem Fronteiras, nas primeiras duas a seis semanas depois de serem infectadas pelo HIV, algumas pessoas podem apresentar sintomas similares aos de uma gripe, como febre, mal-estar prolongado, gânglios inchados pelo corpo, manchas vermelhas na pele, dor de garganta e dores nas articulações. Algumas pessoas não apresentam nenhum sintoma por muitos anos enquanto o vírus, vagarosamente, se replica.
A pessoa que vive com o vírus HIV é diagnosticada com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) quando seu sistema imunológico está fraco a ponto de não poder mais combater infecções oportunistas e doenças como a pneumonia, a meningite e alguns tipos de câncer.
Uma das infecções mais comuns entre pessoas vivendo com o HIV é a tuberculose (TB) que, a cada ano, é a causa de um terço das mortes nessa população.