Arte: Radar Geral
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O site Radar Geral colocou no ar uma enquete com a pergunta: “Se as eleições fossem hoje, em quem você voltaria para prefeito e vice de Itabirito?”. A intenção é movimentar o site e as eleições no município itabiritense. Por meio dessa amostragem informal, pode-se ver a força da militância e como a população, de um modo geral, reage aos candidatos. Que fique claro: enquete não é pesquisa.

Um vídeo, enviado ao Radar por meio do WhatsApp, tem o intuito de passar a informação de que é possível votar várias vezes sem um mínimo de esforço. Tentando passar a ideia de que a enquete não tem valor.

Todavia, neste vídeo, o número de votos não muda (fica em 829 durante toda a gravação), ou seja, o internauta que fez o vídeo não está votando. Veja-o abaixo:

Na gravação, a mensagem “captcha is required” (captcha é obrigatório) mostra que o internauta precisa selecionar o ícone (de objetos ou de animais) do sistema de segurança, identificando que “não é um robô” para conseguir votar de fato.

Críticas

Definitivamente, a enquete está movimentando Itabirito e isso causa reações. “Infelizmente, não é segura esta enquete no site (Radar Geral). Por isto, não fizemos no site Sou Notícia”, escreveu o pastor Anderson Martins, dono do Sou Notícia, em comentário do Facebook.  

Ex-diretor da Prefeitura de Itabirito, Anísio Bueno, também colocou em xeque a enquete do Radar:“Votei três vezes já, é mole? Perde toda credibilidade quando as pessoas podem votar mais de uma vez. Na urna, é uma vez só”.

Para o coronel Welton Baião, a metodologia e segurança deveriam ser revistas.

Segundo o responsável pela tecnologia da informação do Radar Geral, há diversas situações que uma enquete pode apresentar “falhas”, entre elas:

1-  Pode-se votar mais de uma vez quando se está conectado em IPs diferentes. Exemplos: Wi-Fi de casa (1º voto), Wi-Fi do escritório (2º voto), 3G ou 4G do celular (3º voto).

2-  O usuário, munido de conhecimento, pode acessar o site através ferramentas específicas que simulam o acesso por meio de IPs de outros países (contudo, nem sempre tal recurso dá certo justamente por causa do sistema de segurança).

3-  Em outro extremo, algumas vezes, internautas que usam provedores com IP compartilhado não conseguem votar. Justamente porque outro usuário já votou usando o mesmo IP.

4-  Enquetes de redes sociais também podem apresentar falhas, como por exemplo: perfis fakes têm “direito” a voto, e usuários bloqueados ou incontidos em grupos ou páginas não podem votar.

Lembrando que na enquete do Radar é um voto por IP. Trata-se de uma das medidas de segurança, além do captcha.

Definitivamente, critérios de segurança, preservando principalmente o anonimato do internauta, foram levados em conta. Contudo, não há perfeição. E não houve em nenhum momento a intenção de transformar a enquete em algo de difícil acesso ou passível de receio (como seria se fosse pedido algum número de documento, por exemplo).

Ao mesmo tempo, a índole da equipe do Radar (formada somente por profissionais) jamais permitiria a manipulação, por parte da organização, com intuito de beneficiar ou prejudicar qualquer candidato.

Em enquete, não há precisão. Nem sequer metodologia. Não se trata de uma pesquisa com cunho científico. Trata-se amostragem informal. Serve mais para sentir a quantas andam os ânimos da militância. Grandes veículos como o Estadão, Jovem Pan e BOL, por exemplo, de vez quando, fazem enquetes.

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