Itabirito (Região Central de Minas) – O boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, desta sexta-feira (16/7), registrou a 146ª morte por complicações decorrentes da Covid no município. “146º óbito incluído. Estava em investigação (pendente de confirmação laboratorial). Ocorreu dia 13 de julho, na UTI da Santa Casa da Misericórdia, de Ouro Preto. Pessoa com cerca de 50 anos, com comorbidades, que havia tomado a primeira dose da vacina”, informou o boletim.
Intenção não é difamar vacinas
O Radar Geral recebeu algumas críticas de internautas que acreditam que a reportagem, com esse tipo de informação, tenha a intenção de tirar a credibilidade das vacinas contra a Covid. Contudo o objetivo é somente informar (o que consta no boletim) e ao mesmo tempo indicar que é cedo para abandonar cuidados (higiene com as mãos, uso de máscara, manter distanciamento, evitar aglomerações etc.). Isso porque as vacinas contra a Covid não têm 100% de eficácia.
Em entrevista ao portal UOL, dia 4/5 deste ano, a microbiologista Natalia Pasternak afirmou que “nenhuma vacina contra Covid é 100% eficaz com 0% de efeitos colaterais, mas que a imunização reduz bastante os riscos”.
“Infelizmente é isso que as pessoas esperam, elas querem algo que seja 100% eficaz, ou seja, que proteja completamente. Você está vacinado, você fica de corpo fechado e, de preferência, 0% de efeitos diversos. Primeira notícia: isso não existe. Nem para vacinas, nem para medicamentos. O que existe sempre é uma redução do risco e um aumento do benefício”, afirmou a microbiologista.
Vacina que causa mais problemas?
Perguntado pelo Radar Geral, no dia 7/7, com base na experiência de Itabirito, se as mortes da maioria das pessoas vacinadas (mesmo com duas doses) têm a ver com alguma marca específica de vacina, o secretário Municipal de Saúde, doutor Marco Antônio Félix, respondeu: “Nós não temos essa informação para te passar: que determinada vacina seja mais eficaz ou que cause menos problemas que outras. Nós acreditamos que a vacinação é uma forma extremamente importante para que a população se sinta mais protegida, não abdicando das recomendações que são preconizadas, como: afastamento das pessoas, higienização das mãos e uso de máscaras, como forma de impedir a propagação do vírus”.
Sem fila para UTI
Atualmente, não há óbito por Covid em investigação no município itabiritense, bem como não há nenhum paciente aguardando por vaga de UTI.
UPA e Santa Casa e HSVP
Itabirito tem 12.665 casos que foram confirmados da Covid, e 12.456 casos de pessoas que se recuperaram da doença. Dos recuperados, 1.160 necessitaram de internação hospitalar.
Nos leitos Covid de enfermaria da Santa Casa de Ouro Preto, a ocupação é de 50%. Já nos leitos Covid de UTI do mesmo hospital ouro-pretano, há 95% de ocupação. Dos pacientes internados nessa UTI, três são de Itabirito.
Ao todo, há oito pacientes (com Covid) de Itabirito em UTIs (contando com os que estão em Ouro Preto e outras cidades).
Dos 16 pacientes com Covid internados no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), de Itabirito, nenhum aguarda vaga de leito de UTI.
Há três pacientes na Ala Covid da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de Itabirito, nenhum aguarda vaga para internação em UTI.