Nesta quarta-feira (27), o boletim epidemiológico da Prefeitura registrou mais duas mortes de pessoas de Itabirito por complicações decorrentes da Covid-19.
Em pelo menos um desses novos casos, paira dúvida se de fato o óbito foi por causa do coronavírus. Até agora, ao todo, são 43 mortes pela Covid no município itabiritense.
Veja o que diz o boletim epidemiológico de Itabirito de 27/1 (transcrição na íntegra). Os trechos em negritos são do Radar Geral:
“42º óbito – Ocorreu na quinta-feira passada. Um senhor de quase 100 anos chegou à UPA já morto. Foi colhido swab após a morte, pois não se sabia a causa (não é raro que pessoas muito idosas tenham morte súbita). O resultado do PCR chegou ontem, reagente. Análise da história prévia mostra que ele não tinha tido sinais respiratórios, e houve um agravamento do estado geral (tinha um quadro neurológico antigo, em tratamento). Todo óbito sem causa conhecida, colhemos swab, e esse foi mais um caso em que houve achado casual de exame positivo (não havia suspeita de Covid). Ele não teve história de contato com alguém com sintomas respiratórios ou suspeito de Covid na última semana antes do óbito. A declaração de óbito não cita Covid entre as causas de morte. Portanto, não há como afirmar com certeza que ele teve a doença Covid, ou se apenas tinha o vírus na mucosa da garganta (infecção sem doença, talvez em fase pré-sintomática). Nesses casos, por uma questão de rigor científico, por causa do resultado do PCR positivo, e sabendo que Covid em idosos pode ser difícil de diagnosticar (eles não têm febre, podem ter pioras súbitas, e nem sempre conseguem descrever o que estão sentido) consideramos óbito por Covid. Esse caso mostra como é importante termos cuidados universais com os idosos (não há como saber quem pode estar contaminado) e o quanto é importante testar casos de óbitos sem causa conhecida.
43º óbito – Um senhor, mais de 80 anos, portador de doença pulmonar crônica, com várias internações, faleceu nesta quarta-feira (27), por volta de 6h10 na UPA. Tinha um teste de antígeno positivo, feito no dia 20. Houve uma piora da falta de ar crônica e veio a óbito. Ele ainda não havia sido vacinado (e mesmo os que já começaram a ser vacinados, só receberam uma dose, a outra será em duas semanas). Espera-se muito que as vacinas salvem essas vidas”.