De acordo com a Prefeitura de Itabirito (na Região Central de Minas), serão reavaliados 476 servidores municipais que estão em sistema de trabalho remoto (home office). Após a reavaliação, os considerados aptos retornarão ao trabalho presencial. Eles estão (ou estiveram) afastados por conta da pandemia. Ter gravidez, mais de 60 anos, apresentar comorbidades ou outros fatores que ampliem os riscos de contrair o coronavírus são os motivos que justificaram os afastamentos.
A reavaliação está sendo feita pela Prefeitura de Itabirito por meio do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt).
Segundo informação do Município, não se tem ainda ao certo quantas reavaliações foram feitas e quantos servidores já retornaram ao trabalho. A previsão é que processo dure até janeiro. Extraoficialmente, o Radar Geral obteve a informação de que cerca de metade dos afastados já passou pela reavaliação.
“O grupo de risco é dinâmico. Entram e saem pessoas todos os dias. Por exemplo: uma servidora sem comorbidades entrará no grupo de risco caso fique grávida. Por outro lado, temos casos como o de um servidor que estava no grupo de risco por conta de um tratamento contra um câncer e, ao receber alta, pôde retornar ao trabalho”, explica Andréa Lopes, médica do Sesmt.
Diálogo
Segundo a Prefeitura, além de resultado pericial sobre a possibilidade ou não do retorno às atividades presenciais, a reavaliação tem ampliado o diálogo entre servidores e profissionais de saúde. “A avaliação médica é uma oportunidade de o servidor vir ao Sesmt, conversar com médicos, apresentar suas dúvidas, suas sugestões. Isso nos ajuda a mapear a situação de cada um e, assim, podemos propor ações mais eficazes para melhorar a segurança dos servidores, de seus familiares e dos colegas de trabalho”, disse a médica do trabalho.
Ainda de acordo com a Prefeitura, a reavaliação é resultado de um processo multidisciplinar construído pela Prefeitura com participação de equipes do Sesmt, vigilâncias epidemiológica e sanitária, jurídico e secretarias de Saúde e Administração. “Além de considerarmos o estado de saúde do servidor, avaliamos a atividade desenvolvida, o local de trabalho e solicitamos o parecer do gestor sobre a atuação presencial, se é realmente imprescindível. A alternativa também não precisa ser totalmente presencial ou totalmente em casa, mas combinações de cargas horárias mistas”, ressalta Marcelo Campos, médico epidemiologista da Prefeitura.
Gestor do Atelier de Artes Integradas, Henrique Malheiros foi um dos que passaram pela experiência. Afastado do trabalho presencial por conta da idade, ele retornou recentemente à rotina normal, após um período em home office. “Passei por uma avaliação muito criteriosa pelo Sesmt, que me fez sentir seguro quanto ao meu retorno ao trabalho presencial, mesmo com a pandemia”, opinou o servidor.
Com base em informações vindas da Comunicação da Prefeitura de Itabirito.