Em gravação divulgada pela Prefeitura de Itabirito (na Região Central de Minas), o médico infectologista Marcelo Araújo, da Secretaria Municipal de Saúde, falou a respeito dos perigos dos encontros de fim de ano e também divulgou uma cartilha, feita pela Prefeitura, com dicas de saúde para o Natal e Réveillon (Leia a cartilha na íntegra ao final desta matéria).
Confira o áudio do infectologista. Na sequência, a transcrição da fala dele e, depois, a cartilha da Prefeitura:
Transcrição da fala do infectologista (nas caixas amarelas):
“Na iminência de final de ano, Natal, de a gente se encontrar com as pessoas, eu tenho uma missão muito dura de lembrar que infelizmente esses encontros com pessoas que a gente tanto gosta, não vão poder ser normais. Nós estamos numa curva de incidência (da Covid-19) muita alta.
O número de casos (atualmente) vai ultrapassar o número de casos que tivemos em agosto e setembro, quando a gente teve o pico.
Embora não seja possível a gente afirmar ‘onde’ isso vai chegar, a gente está vendo dificuldade (em) lotação de hospitais, dificuldades de receber pacientes em UTIs na região de Belo Horizonte e na região de Ouro Preto, que nos atende.
Então, eu tenho esse papel muito chato de lembrar pra vocês que essas reuniões de fim de ano não podem ser um ponto de contágio, que a gente não acabe contaminando ou facilitando a contaminação de pessoas que a gente ama tanto. Não existe risco zero!
Pelo fato de você não ter alguma medida que seja 100% efetiva, não se justifica ‘chutar o balde’ e fazer de conta que não tem nada a se fazer. Nesse sentido, a Fiocruz e a Prefeitura (de Itabirito) aproveitaram materiais de referência, como do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) americano e produziram uma lista de lembretes de como agir para tornar os nossos encontros os mais seguros possíveis.
Um dos pontos é limitar o número de pessoas. Talvez isso seja o mais importante. A sugestão é que fique restrito a seis, no máximo, oito pessoas, conforme o tamanho do espaço que você tem e a ventilação. Eu sei que isso ‘vai variar conforme a saudade’.
Infelizmente, o amor não purifica (…). Então, se a gente está achando que por causa do nosso afeto a gente pode se reunir com segurança, (saiba que) isso não é um bom critério. Então eu sugiro que vocês deem uma olhada no conteúdo dessa cartilha, ela relaciona uma lista de cuidados com relação ao ambiente, às pessoas. Se alguém tiver sintomas e puder se abster de comparecer (seria importante), (são importantes também) os cuidados com os contatos com os mais vulneráveis, que são os idosos.
Acho que (a cartilha) merece ser lida para que os encontros sejam os mais seguros possíveis. Boa sorte a todos e que a gente consiga superar tudo isso com o mínimo de transtorno possível“.