Atual situação de MG no que diz respeito às ondas do Minas Consciente. Arte - Agência Minas
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Os municípios da microrregião de Ouro Preto (e, ao mesmo tempo, todas as cidades da macrorregião Centro de Minas) estarão na onda vermelha a partir deste sábado (1º/5). Isso quer dizer que atividades consideradas não essenciais poderão funcionar (com restrições do tipo: distanciamento de 3 metros) em Itabirito, Ouro Preto e Mariana.

A informação é da Agência Minas, que reforça a boa-nova: “nenhuma região mineira se encontra na onda roxa (a partir de 1º/5)”. (Leia abaixo mais sobre essa afirmação).

A onda roxa, a mais restritiva do plano Minas Consciente (do Governo de MG), começou em 17/3 em todo estado. Já em Ouro Preto, medidas de restrições similares à onda roxa começaram em 8/3.

A situação causou grandes desgastes para comerciantes, muitos trabalhadores e políticos nas três cidades.

Mesmo os comerciantes que, de alguma forma, burlaram a fiscalização ficaram prejudicados. “Fico com medo, mas corro o risco para que eu possa sustentar minha família. A situação em minha casa está desesperadora. Minhas vendas diminuíram drasticamente com a onda roxa. Muitos daqueles que defendem o fechamento têm como viver sem depender do comércio. Não é o meu caso”, disse uma comerciante de Itabirito, durante a onda roxa. Ela pediu para não ser identificada.

Veja a seguir matéria da Agência Minas:    

Estado tem queda de 38% na incidência da covid-19 e quatro regiões avançam para onda amarela do Minas Consciente

Região Nordeste, única que ainda estava na onda roxa, também teve melhora e progride de fase

Da Agência Minas

Os resultados das medidas restritivas impostas pela onda roxa em Minas Gerais já podem ser sentidos na prática. Nos últimos 14 dias, o estado teve queda de 38% na incidência da covid-19. Na última semana, a redução foi de 13%.

A melhora nos indicadores possibilitou que, após 45 dias em fases mais restritivas, quatro macrorregiões avancem para a onda amarela do plano Minas Consciente, permitindo medidas mais flexíveis para abertura do comércio e outras atividades.  A decisão foi tomada nesta quinta-feira (29/4) pelo Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar o avanço da pandemia no estado.

As regiões Norte, Triângulo do Norte, Vale do Aço e Jequitinhonha poderão seguir as normas da onda amarela a partir de sábado (1/5), após publicação no Diário Oficial de Minas Gerais. Também avançam para a amarela as microrregiões de Curvelo, Patos de Minas, João Pinheiro, Carangola, Muriaé, Ubá, Cássia/Passos, Piumhi e São Sebastião do Paraíso. As localidades apresentaram quedas sustentadas na positividade e na incidência, além de redução na espera por leitos.

A macrorregião Nordeste também teve melhora nos indicadores e avançou para a onda vermelha do Minas Consciente. Assim, nenhuma região mineira se encontra na onda roxa, criada como medida emergencial em março para restabelecer a capacidade assistencial do sistema de Saúde.

Arte: Agência Minas

Melhora

O governador Romeu Zema ressaltou que, embora ainda seja extremamente necessário manter os cuidados sanitários para evitar a propagação do vírus, o cenário é de melhora em todo o estado e reflete o esforço dos mineiros nas últimas semanas.

“As medidas restritivas da onda roxa foram penosas para todos, mas o nosso esforço, agora, aparece na queda considerável na incidência e no número de internações. Isso se refletirá, nas próximas semanas, em queda no número de óbitos, que é o principal objetivo”, disse.

O secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, afirmou que a positividade também caiu nas últimas semanas, assim como a pressão por leitos. Atualmente, o percentual de pessoas com sintomas gripais que testam positivo para covid-19 é de 39%. O número chegou a cerca de 50% no último mês. Já a fila de espera por um leito de UTI caiu de 211, no dia 22/4, para 179 nesta quinta-feira.

“Essa queda demonstra que o vírus está circulando menos na sociedade. Tivemos queda consistente no número de novos casos. Os dados indicam que o nosso pico foi no dia 15/4 e a onda roxa foi fundamental para que não tivéssemos uma alta muito pior do que a que vivenciamos”, defendeu.

Vacinação

O secretário também afirmou que a vacinação já foi responsável por uma queda considerável no número de óbitos, especialmente nas faixas etárias que receberam as duas doses.

“A proporção de óbitos por faixa etária mostra a eficácia da vacinação. Desde março, quando a população acima de 90 anos recebeu imunidade total após a segunda dose, a proporção de mortes desse grupo está caindo. A nossa expectativa é de que a faixa entre 60 e 79 anos, que hoje equivale à maior taxa de óbitos, também tenha queda expressiva com a segunda dose”, explicou.

Baccheretti lembrou ainda que os jovens estão se expondo mais e, com a nova cepa mais contagiosa, a doença teve aumento de incidência nessa faixa etária. “É fundamental que os jovens redobrem os cuidados até que a vacinação atinja todos os grupos”, orientou. 

Até agora, o Estado enviou 6,1 milhões de doses de vacina contra a covid-19 aos municípios, na maior operação de vacinação da história de Minas Gerais.

Municípios

As cidades com menos de 30 mil habitantes também apresentaram queda na incidência da covid-19 por duas semanas seguidas. Nesta quinta (29/4), 75 municípios tiveram incidência abaixo de 50 casos para 100 mil habitantes e podem progredir automaticamente de onda, independentemente da situação da região em que se encontram.

Vale lembrar que nenhuma macro ou microrregião pode sair da onda roxa diretamente para a onda amarela, sendo necessário, obrigatoriamente, passar pelo menos uma semana seguindo as medidas da onda vermelha.  

Atualmente, 670 municípios estão aderidos ao Minas Consciente, o que representa quase 79% do estado, contemplando 12,5 milhões de mineiros.

Cirurgias eletivas

Durante a reunião do Comitê Executivo Covid-19, nesta quinta-feira, também ficou decidido que as cirurgias eletivas continuarão suspensas até o dia 30/6, seguindo os moldes da onda roxa, até que haja estoque de medicamentos e anestésicos necessários para a intubação.

O grupo estuda a possibilidade de retorno gradual durante esse período, permitindo, por exemplo, aquelas cirurgias que não utilizam os medicamentos do kit intubação

O secretário de Saúde também lembrou que Minas tem recebido insumos e que é possível que, antes desse período, o Estado consiga restabelecer um estoque seguro de medicamentos. “Nos próximos dias, vamos receber, por exemplo, cerca de 120 mil ampolas de sedativo, o que já nos ajuda a ter mais segurança”, afirmou.

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