Morte do sargento Cardoso, BR-356, Itabirito: condutor estava a quase 200 km/h e é indiciado por homicídio
Sargento Cardoso (ao centro), o carro que ele conduzia (à esquerda) e o carro que bateu (à direita) - Fotos: Redes sociais - PMRv
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Itabirito (Região Central de Minas) – Quatro pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil no inquérito que investiga a morte do 3º sargento Agnaldo Cardoso de Souza, conhecido como sargento Cardoso (de 53 anos).

A fatalidade aconteceu quando o Hyundai HB20 do militar foi acertado na traseira por um BMW, na noite do sábado de 21 de outubro do ano passado, perto do Laticínios Ita, na BR-356.

A PC concluiu, por meio do laudo pericial, que o BMW estava a (no mínimo) 196,77 km/h, sendo conduzido na contramão. O laudo ainda relata indícios de que o condutor estaria com sinais de embriaguez. O motorista, no caso, é o dentista Higor Vianna Nonaka. Ele foi indiciado por homicídio com dolo eventual. Isso se dá quando o “autor” não deseja cometer o crime, mas aceita que sua conduta ilícita pode causar resultado que não se espera.

Outra conclusão da PC é que “ao constatar que a vítima era um policial militar da reserva, o suspeito deixou o local sem prestar socorro”.

O advogado Michel Vianna Nonaka (irmão do indiciado), em depoimento ao Radar Geral, em 25/10 do ano passado, afirmou que tem provas de que seu irmão prestou socorro ao sargento. E que Higor só saiu do local porque ficou com medo de retaliação quando soube que a vítima era um sargento.

Já os três passageiros do carro de luxo foram indiciados pela PC por falso testemunho. Isso porque eles omitiram que o veículo do investigado estava em alta velocidade.

A PC ainda salientou que, “conforme relato de uma testemunha, os passageiros do BMW teriam retirado objetos do carro causador do acidente, os quais aparentavam ser garrafas de bebidas alcoólicas”.

Posições em que ficaram os automóveis – Foto: PMRv

Michel, que logo após o ocorrido chegou a dizer que era o motorista (mas mudou a versão ao perceber a gravidade do fato), garantiu ao Radar que não havia bebida no BMW.

Após o acidente, Cardoso foi socorrido pela Brigada Municipal, mas chegou ao hospital já sem vida. O laudo de necropsia concluiu que a morte foi causada por politraumatismo contuso, em decorrência direta do acidente.

Outra conclusão da PC é que o carro da vítima estava a 18,21 km/h e fazia uma conversão irregular quando foi atingido.

Leia cobertura completa do Radar Geral a respeito do assunto:

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