R$ 14,51. Essa é a taxa do futuro pedágio, proposta pelo Governo do Minas, em trecho que liga Nova Lima (Grande BH) a Ouro Preto (na Região Central de Minas).
Tal valor consta no Programa de Concessões Rodoviárias. O tema foi discutido na Audiência Pública realizada pela Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na noite de segunda-feira (29/5), na Câmara de Vereadores de Ponte Nova (Zona da Mata Mineira).
O foco principal da reunião foi o lote 7, que abrange 190,3 km de três rodovias: a BR-356 e as MGs 262 e 329, em 11 municípios: Nova Lima, Itabirito, Rio Acima, Ouro Preto, Mariana, Acaiaca, Barra Longa, Ponte Nova, Urucânia, Piedade de Ponte Nova e Rio Casca.
Os pedágios
Ao longo dos 190,3 km serão quatro pedágios: o de Nova Lima cobrará R$ 14,51; o de Ouro Preto será de R$ 11,71; de Acaiaca custará R$ 11,24; e o de Ponte Nova cobrará R$ 6,58.
Para ir de Belo Horizonte a Rio Casca, por exemplo, o custo total será de R$ 44,04.
Diversas dessas melhorias previstas no projeto do governo são reivindicações antigas da região. Entre elas, a duplicação de 67 quilômetros da BR-356, a implantação de 41 quilômetros de faixa adicional, a implantação ou readequação de 66 quilômetros de acostamento e a implantação do contorno rodoviário em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto que hoje é atravessado pela rodovia, em um de seus pontos mais perigosos.
Prefeito Orlando discorda
A falta de acostamento transforma hoje boa parte destas rodovias em um exercício de paciência ou um grande risco de acidente. “Precisamos dessas intervenções, mas não queremos que sejam desta forma”, afirmou o prefeito de Itabirito, Orlando Caldeira (Cidadania), que também participou da Audiência Pública.
Assim como os deputados estaduais, o prefeito de Itabirito questionou o prazo longo para realização das obras. “Não podemos permitir cobrança sem obra. Apenas no pedágio de Nova Lima, calculando um fluxo de 10 mil veículos por dia, isso daria R$ 3 bilhões em 30 anos. Vamos pagar adiantado essas obras”, criticou Orlando.
Os valores propostos podem ter uma redução de até 20%, caso os interessados na privatização queiram reduzir os preços. Porém, segundo os deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que participaram da Audiência Pública, nada garante que isso aconteça. O edital deve ser publicado pelo governo em breve.