Nesta quarta-feira (28), foi iniciado pela Prefeitura de Belo Horizonte o corte de árvores no entorno do estádio Mineirão, na Região da Pampulha, para preparar o terreno da pista temporária da Stock Car.
A etapa, que será realizada no formato de ‘Circuito de Rua’, acontecerá em agosto e demandou o corte de 55 árvores das avenidas Rei Pelé, Carlos Luz e Coronel Oscar Paschoal para receber, durante cinco anos consecutivos, uma edição anual da corrida.
De acordo com o Jornal Estado de Minas, a derrubada das árvores ocorre uma semana após o Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comam) aprovar as licenças ambientais do projeto, concedidas após reunião e votação na quarta-feira passada (21/2).
Como compensação pelos danos ambientais, os organizadores da Stock Car deverão plantar dez vezes mais árvores, totalizando 688 novos plantios; contudo, não foi especificado onde e quando ocorrerão esses plantios.
A poda das árvores aconteceu em meio a protestos e revolta de um grupo de manifestantes nesta manhã. Com faixas com dizeres como “Deixe nossas árvores em paz” e “Fora Stock Car”, cerca de 30 pessoas protestaram contra a ação e os impactos do evento na região.
A Deputada Federal Duda Salabert (PDT) afirmou que existem irregularidades na licitação e chamou o prefeito da capital de “exterminador de árvores”; segundo ela, a Justiça foi acionada.
Duda está em Brasília, mas informou que está retornando para BH para tratar do assunto, além de para “tentar mobilizar as pessoas em defesa dessas árvores”.
Em vídeos divulgados pela Deputada nas redes sociais, manifestantes são vistos tentando bloquear a Avenida Coronel Oscar Paschoal, localizada na região da Pampulha, onde está prevista a instalação do circuito de rua para a corrida da Stock Car.
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) se mobilizou e enviou um ofício à Prefeitura de Belo Horizonte nesta última terça-feira (27), solicitando diálogo com a gestão municipal sobre a realização da corrida.
Entre as árvores a serem retiradas do local, seis são ipês-amarelos, declarados imunes de corte pela legislação estadual. Destes, dois estão mortos e quatro estão em bom estado vegetativo, de acordo com relatório da Diretoria de Meio Ambiente.