Itabirito: prazo dado pela Justiça vence e paciente que aguarda transferência continua internada na UPA
Luciana de Jesus Gomes - Foto enviada ao Radar Geral
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Desde a última sexta (9/5), Luciana de Jesus Gomes (de 42 anos) está na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itabirito. Ela aguarda transferência urgente para realizar uma cirurgia cardíaca.

A paciente sofre de estenose mitral (estreitamento da abertura da válvula mitral que bloqueia o fluxo de sangue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo). Segundo familiares, a paciente enfrenta também complicações no fígado e nos pulmões – com risco iminente de morte.

A demora para transferência motivou a família a procurar o Ministério Público, que entrou com uma Ação Civil Pública com pedido de tutela de urgência, solicitando à Justiça a transferência imediata de Luciana para um hospital com capacidade técnica para realizar uma “plástica valvar com revascularização miocárdica”.

A decisão favorável foi dada neste fim de semana pelo juiz Antônio Francisco Gonçalves – determinando que a Secretaria de Saúde de Itabirito tomasse providências em até 24 horas, sob pena de multa.

No entanto, o prazo judicial expirou sem que a transferência fosse realizada.

Ao Radar Geral, os familiares informaram que a paciente segue internada sem previsão de transferência. “A gente já fez tudo que podia, inclusive acionamos o Ministério Público. A ordem do juiz venceu ontem (12/5) e ela continua na UPA, correndo risco de morte”, relatou Gilberto do Táxi, primo de Luciana.

A paciente está cadastrada na Central de Leitos do SUS. O caso dela é classificado como prioridade “urgência/risco de vida”.

A Justiça também determinou que as autoridades de saúde informem as providências adotadas no prazo de 24 horas após a intimação — o que, segundo a família, ainda não ocorreu.

Em nota enviada ao Radar Geral, a Prefeitura informou: “O município de Itabirito não se manifesta publicamente acerca de demandas judicializadas”.

A reportagem ainda procurou a Secretária de Estado de Saúde (SES), mas até a publicação desta matéria, não houve resposta (caso o Estado responda, esta matéria será atualizada ou será feita outra publicação sobre o assunto).

De qualquer forma, o caso da paciente será acompanhado pelo Radar até que haja um desfecho.

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