O papa Francisco, morreu nesta segunda (21/4), aos 88 anos, às 2h35 (horário de Brasília), 7h35 no horário do Vaticano.
Jorge Mario Bergoglio Francisco se recuperava de uma pneumonia nos dois pulmões e estava sob cuidados médicos após uma internação de cerca de 40 dias. No mês passado, ele havia recebido alta, mas seu quadro seguia delicado.
“O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino”, diz comunicado oficial.
O pontífice enfrentava problemas respiratórios desde o início de fevereiro, quando foi internado no hospital Agostino Gemelli, em Roma. Na ocasião, passou por exames e iniciou tratamento para bronquite. Nos dias seguintes, revelou dificuldades para discursar durante audiências públicas, delegando leituras a auxiliares.
Em 17 de fevereiro, o Vaticano informou que Francisco havia desenvolvido uma infecção polimicrobiana. Um dia depois, confirmou-se o diagnóstico de pneumonia bilateral, considerada mais grave por comprometer a respiração e a oxigenação do corpo.
Até o momento, não há informações sobre o funeral. A Igreja Católica deve se reunir nas próximas semanas para definir quem assumirá o papado.
UM PAPA FORA DOS PADRÕES
Nascido em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, na Argentina, Francisco se tornou o 266º papa da Igreja Católica e entrou para a história como o primeiro latino-americano e o primeiro jesuíta a ocupar o posto. Também foi o primeiro a suceder um pontífice vivo após a renúncia de Bento XVI.
Eleito em 13 de março de 2013, durante o segundo dia do conclave, assumiu o papado contra a própria vontade, como já admitiu publicamente. Ele liderou a Igreja Católica por 12 anos.
Ao longo de seu pontificado, Francisco ficou marcado pelo estilo simples, discursos voltados à inclusão e à justiça social, e pela tentativa de reformar aspectos da estrutura e cultura da Igreja.