Um projeto desenvolvido dentro da fábrica da Coca-Cola Femsa Brasil, em Itabirito (MG) e criado pelo técnico em microbiologia Rodrigo Fonseca. O “Abraço de Urso” transforma garrafas PETs em gorros sustentáveis para pessoas em situação de vulnerabilidade.
A iniciativa tem como foco o reaproveitamento de resíduos e a geração de impactos sociais. Como prêmio, Rodrigo teve a oportunidade de escolher um curso de sua preferência: a formação para que ele obtenha a Certificação Green Belt.
A transformação das garrafas PETs em lã ecológica ocorre por meio de um processo que inclui a trituração e moagem do plástico. O material produzido é utilizado na confecção dos gorros, a serem distribuídos com apoio do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Itabirito – especialmente durante os períodos mais frios do ano.
A iniciativa também prevê a ampliação do uso da lã ecológica para a produção de camisas e agasalhos. “Temos que encontrar maneiras de reaproveitar esse material. O meio ambiente não consegue suportar tanto resíduo descartado”, afirma Rodrigo, que vê potencial para expandir o projeto para a produção de outros itens, como edredons.
A produção dos gorros será realizada pela ONG “Adolescer para a Vida”, que há mais de 25 anos atua no município oferecendo apoio a adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Para viabilizar o projeto, a organização recebeu uma máquina de tricô, rolos de fio de PET 100% reciclado e uma bandeja para pintura dos gorros. Dois modelos pilotos já foram confeccionados e a distribuição oficial está prevista para abril.
O coordenador da Adesiap Minas, Eron Murta, destaca a importância do projeto para a comunidade. “Além de oferecer proteção contra o frio, a iniciativa fortalece o trabalho dos catadores de material reciclável, que têm a oportunidade de gerar renda com a coleta de garrafas PET”, explica.
Para Fabiana Taislam, gerente de ESG e Comunicação Externa da empresa, o “Abraço de Urso” exemplifica o impacto positivo que pequenas ações podem gerar. “Esse projeto mostra que inovação e responsabilidade ambiental podem andar juntas, beneficiando tanto o planeta quanto as pessoas”, conclui.
