Confusão em Itabirito: membro da Galoucura refuta versão da GM; “Não apontei foguete pra ninguém”
Torcedores do Galo e GMs discutem na Praça da Estação - Foto: Reprodução
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ITABIRITO (MG) – É comum confusões terem várias versões. No tumulto entre torcedores do Galo e a Guarda Civil Municipal (GM), no domingo (10/11), não foi diferente. O Radar Geral, de fato, prima pela versão oficial. Mas quando tem oportunidade, não deixa de publicar relatos que contrapõem os registros das autoridades.

Ramon Santos, por exemplo, membro da Galoucura, contradizendo a GM, disse que em nenhum momento apontou o rojão para o flamenguista. O torcedor do Atlético, de fato, queria soltar o foguete. E soltou. Mas ele garantiu que não mirou em ninguém.

Em um ponto atleticanos e GMs concordam: foi esse torcedor do time do Rio que começou a confusão – provocando os atleticanos. Ele parou seu carro no meio da rua e atiçou os admiradores da equipe mineira. “Passou um cara (torcedor) do Flamengo, fez questão de parar o carro na rua e começou a gritar apontado o dedo pra nós (…). No momento, eu estava com o foguete. Estava apontando para o alto. Aí chegou uma guarda falando que não poderia estourar o foguete. E eu falei: ‘como não posso, se isso é vendido?’. Eu não apontei o foguete para o cara. Eu não queria estourar foguete em ninguém. Tanto que na hora que eu estourei o foguete, os ‘meninos’ começaram a jogar copos de cerveja no flamenguista e no carro dele. O cara, então, saiu correndo com seu carro (…), foi quando um guarda pegou uma bomba, parecendo uma granada e a jogou no meio de todo mundo, onde havia criança, mulher, uma idosa que foi prestigiar o jogo com nós. ‘Aonde’ os guardas falaram que nós estávamos criando problema para a sociedade. Como? Se foram eles que jogaram a bomba? Eles começaram tudo! A gente só estava em nosso local e as pessoas passaram e atiçaram!”, disse Ramon em depoimento ao Radar Geral.

“O meu nome é sujo com eles (com a Guarda) por causa da confusão de 2016. Então, por causa disso, eles querem prejudicar a minha imagem. Até hoje, sou perseguido por esses caras. Eles querem arrumar confusão comigo”, afirmou.

A situação que aconteceu há anos envolvendo Ramon e a corporação tem a ver com uma agressão dele contra um GM. Dias depois, guardas foram flagrados, em vídeo, abordando Ramon de forma ríspida na Praça na Estação. A Guarda afirma que Ramon é um provocador contumaz. Ele, por sua vez, nega. O desfecho desse caso na época foi uma reação de alguns jovens (com o mote #somostodosRamon) que promoveram quebradeira pela cidade e foram contidos pelo Batalhão de Choque da PM.

Ramon disse que levará o caso (da confusão mais recente) para a Polícia Militar e que pode provar que ele, desta vez, não estava errado.

PROBIÇÃO

A proibição de foguetes tem a ver com a Lei Municipal 3344 de 2019 e com o Decreto 14914 de 2023, que proíbem fogos (que emitem sons) em Itabirito. A lei foi criada (com a “benção” do juiz Dr. Antônio Francisco) em meio à confusão que era Itabirito e em respeito aos autistas, enfermos e animais, entre outros. Itabirito, inclusive, chegou a ser apelidada, em livro, de Foguetópolis.

Ao Radar, Ramon afirmou que foi a 1ª vez que ele soltou um foguete: “Eu não sabia da proibição. Nunca ouvi falar nisso. E pensei: ‘se vende no comércio, então pode soltar’”.

VEJA VÍDEO:

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