ITABIRITO (MG) – “Este ano, a minha vitória e de meus eleitores teve gosto de justiça”, disse Rose da Saúde ao Radar Geral. Ela, com 799 votos, foi a única mulher eleita em 2024 para ocupar uma cadeira na Câmara itabiritense. Rose tem razão de sobra para falar em justiça.
Isso porque em 2020, ela não conseguiu se reeleger mesmo tendo 808 votos e ficando em 3º lugar (em meio a 13 vagas). Tal realidade tem a ver com o “sistema proporcional” adotado nas eleições para deputados e vereadores.
Situação parecida vive Arnaldo nas eleições deste ano. Ele teve 757 votos, foi o 10º candidato mais votado (foram 15 vagas desta vez) e acabou ficando de fora.
Rose está aprontado as malas para ir amanhã (10/10) a Aparecida (interior de São Paulo) – santuário que frequenta há anos. “Vou só para agradecer. Não vou pedir nada”, diz.
Rose é uma referência na Câmara. É um dos políticos (no masculino porque abrange a todos) mais reconhecidos da história recente de Itabirito. Cotada várias vezes para ser candidata a prefeita ou vice (mas nunca aceitou), chegou a ter 1.861 votos quando se elegeu vereadora em 2012. Ela ocupa o top 2 entre os mais votados da história de Itabirito (só perde para Zé Maria, que em 2016 teve 1.930 votos).
“Estou chegando com bagagem que conquistei como secretária municipal de Assistência Social. Vou trabalhar muito se Deus quiser. Só lamento que somente eu e Lílian França sejamos as únicas mulheres da região (Itabirito, Ouro Preto e Mariana) a conquistar uma vaga (Lílian venceu em Ouro Preto). Essa vitória me remete a Pepita, Helena Farias, Dica e Celina: as poucas mulheres, além de mim, eleitas vereadoras em toda a história de Itabirito. Isso sem contar que neste ano, tivemos excelentes nomes femininos na disputa”, acredita.
A eleita afirma que terá como carro-chefe de seu trabalho, além da saúde e da assistência social, a luta por criação de políticas públicas para mulheres.
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