Itabirito (Região Central de Minas) – A Prefeitura afirmou, nesta sexta (15/3), em nota, que não procede a informação de que haveria risco de rompimento da barragem de Cata Branca com potencial de afetar a Escola Municipal Laura Queiroz.
A Prefeitura, no entanto, sabe que os riscos não são de 0%, mas, de fato, são remotos. Caso fosse impossível tal tragédia, não estaria inclusa nas projeções da Vale – tendo como perspectiva um estouro dessa barragem (em condições extremas).
Com a nota, o Município tenta tranquilizar a população e os profissionais da Educação da escola (onde estudam centenas de crianças). Profissionais esses que há tempos pedem o remanejamento dos alunos da Laura Queiroz por causa da quantidade enorme de poeira que vem da Siderúrgica Itabirito. Com as informações sobre barragem, os ânimos na instituição de ensino ficaram ainda mais acirrados.
A remota probabilidade de rompimento faz parte de uma projeção extremada divulgada em 1ª mão pelo Radar Geral apresentada aos profissionais da escola pela Defesa Civil Municipal e pela Vale (dona da barragem em questão). Estudos desse tipo têm como base um cenário de possibilidade longínqua, com a barragem na capacidade máxima (hoje está com um terço daquilo que comporta) e com muita chuva.
Leia a nota da Prefeitura:
A Prefeitura de Itabirito esclarece que não procede a informação de que há risco de rompimento de barragem com potencial de afetar as instalações da escola.
Na verdade, a partir de abril, a mineradora Vale realizará Intervenções para descaracterização de um dique localizado na Mina de Cata Branca. A estrutura, que não é utilizada no processo produtivo, tem documentação regular e não apresenta nível de emergência.
A descaracterização, que será realizada a fim de atender à legislação atual, eliminará qualquer possibilidade de transtornos futuros em caso de chuvas recordes.
Por fim, a Prefeitura esclarece que, por meio da Defesa Civil Municipal, monitora em tempo real a situação do local a fim de garantir transparência e conforto à população.
Na nota, no entanto, a Prefeitura não fala a respeito do treinamento de evacuação ao qual a população (na escola, na siderúrgica, além dos moradores locais) será submetida como treinamento em caso de a barragem se romper em meio a um cenário hipotético e catastrófico.
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