A Igreja do Rosário, símbolo histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1955, encontra-se sob risco de desabamento. A informação é do padre Miguel Ângelo Fiorillo, responsável pelo santuário há quatro décadas. Desde 2010, a igreja vem enfrentando sérios problemas estruturais, agravados pelo desabamento de parte do forro do altar-mor em agosto de 2022.
Em entrevista ao Jornal Estado de Minas (em matéria publicada na quinta-feira, 21) o padre, que já arrecadou R$ 5 milhões para a reforma, enfatiza a urgência da situação. No entanto, a intervenção está travada pela burocracia, aguardando a liberação do Iphan.
“Estou desesperado. A igreja está para cair, desabar. Nunca teve uma reforma, é tombada e nunca olharam para ela” desabafou o pároco.
Diante do impasse, o padre buscou a expertise de uma empresa especializada, a W3, que emitiu um laudo alarmante indicando que a igreja está prestes a ruir. O projeto elaborado pela empresa, com um custo de R$ 267 mil, foi submetido ao Iphan em busca de aprovação, mas até o momento, não houve resposta.
A assessoria de imprensa do Iphan, em nota, informa que o processo está em análise desde dezembro de 2022 e que foram solicitadas complementações ao projeto em maio de 2023. Até o momento, as atualizações apresentadas estão em fase de avaliação.
A Igreja do Rosário, uma joia da história de Minas e do Brasil, construída no século 18, destaca-se por sua arquitetura única e relevância histórica. O risco iminente de desabamento representa não apenas uma ameaça à estrutura, mas também à preservação do patrimônio cultural e religioso da região.