Itabirito (Região Central de Minas) – Um assunto divulgado pelo Radar Geral hoje (12/12) gerou contestação dos familiares e amigos de um homem (de 25 anos) que se envolveu numa confusão, no sábado (9/12), com policiais no Condomínio Popular Morada Viva. A versão veiculada pelo site tem como base informações vindas da Comunicação da Polícia Militar (PM).
Contudo, a mãe do abordado afirma que a situação foi armada. Ela diz que seu filho, atualmente, não tem envolvimento com tráfico de drogas, e que os 13 pinos de cocaína não foram encontrados com ele, conforme divulgado pelos militares.
Ela ainda garante que o filho nunca reagiu a uma abordagem policial.
Contudo, a mãe admite que seu filho nunca trabalhou, está em liberdade condicional e, por isso, deveria estar em casa às 22h. “Mas isso não é motivo para a violência”, afirmou ela, que informou também que o filho cumpre liberdade condicional e que abordagem (que gerou a polêmica) se deu por volta das 22h15.
Segundo ela, essa condicional se deu depois que o filho ficou preso em regime fechado por pouco mais de um ano no Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Neves (MG), por tráfico de drogas – crime que aconteceu em Itabirito.
De acordo com ela, que mora atualmente em Divinópolis, o filho (que vive com o pai e a irmã no Morada Viva) há anos tem problemas com o mesmo policial que (segundo ela) o persegue. “Covardia o que eles fizeram! Só Deus sabe como estou. Ele (o filho dela) está tranquilo, quieto”, acredita.
Em um comentário publicado em rede social, ela desabafou: “Covardes! Fazem o que querem! O jornal da cidade (Radar Geral) só passa pano! A vítima e a família não têm direito de se defenderem. Bando de corrupção!”, disse ela referindo-se ao site e aos militares.
A mãe (que tem 44 anos) ainda acredita que a “perseguição da polícia” teria começado quando o filho tinha 14 anos, e foi pego com um pino de cocaína dentro de uma lotação.
Na mais recente ação da PM, um vídeo feito por um morador do Morada Viva mostra os policiais em luta corporal e fazendo uso de arma de choque para conter o abordado.
Outro lado
A versão da PM já foi dada em matéria anterior divulgada pelo Radar, ou seja, houve uma abordagem, pinos de cocaína teriam sido encontrados, o abordado partiu para cima dos militares e começou uma luta corporal (com socos, imobilizações e empurrões), e por fim houve a contenção com o uso de arma não letal (spark).
Contudo, o Radar aguarda resposta do comando militar em Itabirito a respeito da contestação dessa abordagem em específico.
Veja vídeo feito por internautas mostrando a ação dos PMs:
A função da imprensa
Cabe ao Radar ouvir todos os lados.
Em uma ação policial, na maioria das vezes, a versão da PM prevalece. Mesmo porque os militares são representantes do Estado, da lei e da ordem.
Nem sempre é possível obter a versão dos abordados, mas no caso em específico a mãe procurou a reportagem e garante que seu filho foi vítima.
Leia 1ª matéria sobre o assunto:
Itabirito: para não ser preso, traficante luta com a PM e acaba contido com uso de arma não letal