O Grupo Carrefour anunciou o fechamento das 16 lojas em Belo Horizonte (MG) e a devolução dos imóveis alugados ao grupo DMA, um concorrente local que detém as marcas Epa, Mineirão e Brasil Atacarejo. O DMA, classificado como o nono maior varejista de alimentos do Brasil de acordo com o ranking de 2022 da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), é o proprietário dessas marcas.
Além do fechamento das lojas, o Carrefour planeja vender todos os ativos dentro delas, incluindo freezers, balcões e estoques de alimentos, de acordo com fontes ligadas ao caso. A operação recebeu aprovação da Superintendência-Geral (SG) do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na última terça-feira, 10, e deve ser concluída em 15 dias, a menos que haja discordância entre os conselheiros, o que poderia levar o caso ao tribunal. Os detalhes financeiros da transação permanecem em sigilo.
As lojas em questão são propriedade da incorporadora imobiliária WRV, que faz parte do Grupo DMA. Este grupo opera em diversos estados brasileiros, incluindo Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Rondônia e Rio de Janeiro. Além das lojas de alimentos, o DMA também possui postos de combustíveis sob as bandeiras Mais Brasil e Petrobras-BR.
O Carrefour vinha alugando essas lojas do DMA, mas uma longa disputa judicial relacionada ao contrato de locação será encerrada com a devolução das unidades, conforme notificado ao órgão antitruste. A SG-Cade, em seu parecer, mencionou que a intenção das partes envolvidas é “encerrar o litígio entre si, estabelecendo uma adequação dos interesses comerciais”. O Carrefour, ao ser contatado para comentar sobre o assunto, afirmou estar em período de silêncio e não forneceu mais detalhes.
De acordo com o Cade, essa operação não prejudicará a concorrência e resultará no DMA detendo uma participação de mercado entre 20% e 50%. Uma fonte com conhecimento sobre o caso afirmou que, uma vez que o Carrefour deixe as lojas, é provável que o DMA as utilize em algum momento, dada sua presença significativa no mercado local.
Com informações do jornal O TEMPO
