Polícia Civil prende em BH médica suspeita de praticar crimes contra ex-namorada
Larissa Freitas, a médica - Foto: TV Globo
Meplo
RADAR GERAL - 970x250px
Compartilhe:

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Belo Horizonte, cumpriu o mandado de prisão preventiva da médica Larissa Freitas (de 28 anos), no bairro Santa Cruz, na capital.

Ela é suspeita de praticar diversos crimes contra a ex-namorada (de 29 anos) após o fim do relacionamento afetivo. A investigação aponta para a prática de perseguição (stalking), violação de domicílio, violência psicológica, ameaça e descumprimento de medidas protetivas.

A prisão foi na última terça-feira (21/3), contudo, foi divulgada agora há pouco (24/3) pelo site da PCMG.

BH: Polícia Civil prende médica suspeita de praticar crimes contra ex-namorada
Delegada fala sobre os crimes e a prisão – Foto: PCMG

A suspeita, que é psiquiatria, perseguia de forma recorrente a vítima, explica a delegada Larissa Mascotte, responsável pela investigação. “Ela não aceitava o fim do relacionamento, então estava perseguindo a ex-namorada, descumprindo medidas protetivas que a vítima tinha solicitado em setembro do ano passado. E esses pedidos foram deferidos, tendo a agressora tomado conhecimento das medidas em outubro do mesmo ano”, informou.

A delegada esclarece ter representado pela prisão preventiva da investigada tendo em vista que ela já havia sido cientificada das medidas e não as estava cumprindo, demonstrando desrespeito com a decisão judicial. “Ela não tinha o menor medo de ser presa, então o único meio para cessar os atos de violência contra a vítima era a prisão”, frisou.

Ainda segundo a delegada, a suspeita parecia estar fugindo da Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica (PPVD) da Polícia Militar, porque se esquivava de todas as visitas.

Violência

Pelos levantamentos realizados pela equipe da Deam, foram três meses de relacionamento e, em menos de um ano, a vítima registrou dez boletins de ocorrência. “Foram diversos tipos de perseguição, como tocar o interfone insistentemente, enviar e-mails ameaçadores, invadir o prédio onde residia a vítima e o escritório em que trabalhava a ex-companheira”, destaca a delegada Larissa. “Ela chegou a enviar 200 e-mails em um só dia”, completou.

Sobre a prática do stalking, a chefe da Divisão Especializada em Atendimento à Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência e Vítimas de Intolerância (Demid), delegada Renata Ribeiro, explicou como se caracteriza o crime. “É a perseguição, o que causa incômodo e atinge a integridade psicológica da vítima. A pessoa tem que se privar da vida dela em razão da perseguição”, esclarece.

As investigações prosseguem na Deam para conclusão dos sete inquéritos policiais. A investigada permanece presa.

Compartilhe: