Paulo Henrique da Silva Teodoro, de apenas 31 anos de idade, nascido e criado em Itabirito (na Região Central de Minas), já sofreu três acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e, por causa disso, tornou-se cadeirante.
Os problemas na vida da família de Paulinho (como ele é chamado), morador do bairro Meu Sítio, vão além do que muitos pensam. Ele precisa usar fralda geriátrica; depende dos elevadores das lotações para fazer seus tratamentos obrigatórios (elevadores esses que algumas vezes não funcionam); é aposentado por invalidez e recebe um salário mínimo mais 25% (por causa de sua situação). Na casa onde vive, além da esposa, moram sua filha de 8 anos e seu enteado de 19.
A única renda da família é a dele. Segundo Paulinho, ele não recebe nenhuma ajuda do Governo Federal, como o Auxílio Brasil (Bolsa Família).
Diante de tantas dificuldades, Paulinho pede auxílio de internautas para conseguir comprar um triciclo elétrico adaptado para cadeirantes, que custa cerca de R$ 19.000 (dezenove mil).
Para isso, ele está organizando uma vaquinha on-line (CLIQUE AQUI para acessar o link).
Um pouco de alívio para esposa
Valéria Fernandes (35 anos), esposa de Paulinho, não pode trabalhar. Isso porque ela precisa cuidar do marido na maior parte do seu tempo.
Ele, que hoje tem 95 quilos, aprendeu na fisioterapia como sair sozinho de sua cama. “Antes, meu lado esquerdo era todo paralisado. Hoje somente as pernas estão paralisadas”, disse ele em depoimento ao Radar Geral.
Paulo é cadeirante desde 2017, quando sofreu seu primeiro AVC. Antes disso, trabalhou nos supermercados Farid e BH.
Paulinho faz uso de remédios controlados, precisa fazer fisioterapia, ir a consultas com terapeuta ocupacional, neurologista e outros médicos. “Meu objetivo com o triciclo é ter mais de liberdade, e que minha esposa possa ‘respirar’ um pouco. Tenho intenção de, por exemplo, ir a uma consulta sem precisar que ela me acompanhe”, almeja ele.
Paulinho hoje tem uma cadeira de rodas motorizada. “Mas acredito muito que o triciclo vai me proporcionar um avanço na minha qualidade de vida”, disse.
Ajuda de amigos
A boa vontade de amigos é essencial para que a família de Paulinho possa se manter.
Mesmo recebendo doações, algumas vezes, ele precisa ir ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) para solicitar ajuda para pagar as contas de água, de luz e de remédios. Afinal, mesmo “em condições normais”, não é fácil cuidar da família com pouco mais de um salário mínimo.
Outro sonho de Paulinho, com o triciclo, é ter mais liberdade para frequentar a Igreja Filadélfia, onde participa dos cultos. “Eu creio que com essa ajuda (do Radar) eu posso e vou conseguir. Gratidão! Amém!”, finalizou ele a conversa com a reportagem.