Os motoboys de Ouro Preto (na Região Central de Minas) organizam para a próxima terça-feira (31/1) uma paralisação geral dos serviços da categoria na cidade. Além disso, no dia seguinte, a classe irá promover um reajuste na taxa de trabalho, passando de R$ 2 para R$ 3, o primeiro após dois anos.
A paralisação, porém, não é restrita apenas a motoboys ouro-pretanos. O convite foi estendido a profissionais de Mariana, Itabirito, Conselheiro Lafaiete e Ouro Branco que tenham interesse em aderir à ação.
De acordo com Júnior Alberto (28), conhecido como Vovô Alemão, liderança do movimento, no dia 31 haverá uma espécie de apagão no serviço de entregas em Ouro Preto. Ele informou também que também há um processo judicial contra uma das empresas, buscando indenização. “Vamos desligar as duas plataformas: o Ifood e o celular normal. Não vamos aceitar pedido de entrega. Estamos entrando com um processo judicial de ressarcimento, e isso requer que a gente faça essa paralisação para a gente conseguir estruturar o nosso projeto e buscar apoio das empresas que exploram nosso serviço e não dão nada em troca dessa exploração. Estamos pedindo uma multa de aproximadamente de R$ 5 milhões. Esse dinheiro seria voltado a todos os entregadores”, disse
O aumento da taxa para R$ 3 busca garantir melhores condições de trabalho e mais segurança aos motoboys. Segundo os organizadores, o reajuste garante segurança, conforto, valorização e funcionamento ininterrupto dos serviços. “Devemos nos adaptar às regras de trânsito. Esse reajuste é necessário para o serviço continuar. Pode ter guerra, pandemia, interferência política na cidade, fechar tudo, que nossa categoria vai continuar rodando dia e noite para melhor atender a todos que precisam do nosso serviço”, disse Vovô Alemão.
Não existe uma associação de motoboys de Ouro Preto, mas cerca de 300 trabalhadores da categoria estão sendo mobilizados para as modificações propostas na busca por maiores direitos.