Em Itabirito (na Região Central de Minas), somente 1 paciente que consta na lista dos 16 mortos pela Covid-19 (boletim da Prefeitura de 1º/9/2020) tinha menos de 60 anos. Os outros 15 eram pessoas acima dessa idade (consideradas idosas pelo Estatuto).
Todavia, ser idoso não é condição sine qua non para que complicações gravíssimas aconteçam. Grave de fato é a associação da Covid-19 com comorbidades (quando o paciente apresenta, ao mesmo tempo, mais de uma doença).
Todos os pacientes mortos em Itabirito apresentavam comorbidades. Daí a importância de levar a sério tratamentos, de consultar o médico periodicamente e aproveitar os serviços da Estratégia da Saúde da Família (antigo PSF) disponíveis em Itabirito.
Mortes em Itabirito
No dia 13 de agosto, faleceu o paciente de 63 anos por causa da Covid-19 e complicações provenientes do diabetes.
Uma idosa, com Covid-19 e diarreia crônica (que durou mais de quatro meses), morreu em 17 de agosto.
Entre os dias 20 e 21 de agosto, foram duas mortes: um senhor de 81 anos (com Covid-19 e insuficiência renal) e outro de 86 (com Covid-19 e linfoma – câncer no sistema linfático e problemas renais).
Esses são alguns dos casos conseguidos pela reportagem que exemplificam a relação das mortes com as comorbidades mais Covid-19.
Estudo
Segundo o Centro de Controle e Prevenção (CDC), agência do governo dos Estados Unidos (EUA), em estudo divulgado em 15 de junho deste ano, pacientes com doenças pré-existentes, quando são infectados pela Covid-19, têm 12 vezes mais chances de morrer e 6 vezes mais chances de hospitalização (para ter acesso ao estudo completo, CLIQUE AQUI).
Foram estudados 1,7 milhão de casos nos EUA entre 22 de janeiro a 30 de maio.
Os problemas mais comuns são: 32% de doença cardiovascular, 30% de diabetes e 18% de doença pulmonar.
Também estão na lista condições crônicas como doenças hepáticas, imunocomprometidas (HIV e câncer) e problemas neurológicos.
Teimosia
Sabe-se que idosos, algumas vezes, são relutantes e não querem cuidar da saúde. Daí a importância da intervenção da família.
A situação se torna ainda mais complicada quando se trata de pessoas de sexo masculino (mesmo em casos de não idosos). Dados do Ministério da Saúde, de 2016, dão conta de que 1/3 (31%) desse público não tem o hábito de ir ao médico. O estudo analisou mais de 6 mil adultos do sexo masculino.
Uma campanha de 2009 feita para televisão, também pelo Ministério da Saúde, dizia: “A cada 3 mortes de pessoas adultas, 2 são de homens. A cada 5 pessoas que morrem entre 20 e 30 anos, 4 são homens. Homens vivem em média 7 anos menos que mulheres. Sabe por quê? Porque o homem não cuida da própria saúde (…). Homem que se cuida não perde o melhor da vida.”
Nessa campanha, eram mostradas cenas de família e de grupos de amigos. De repente, um homem na cena desaparece, dando a entender que a vida segue mais triste sem ele. Confira a seguir:
Matéria modificada às 17h41, de 1/9/2020.