Construções que foram invadidas no bairro Quinta dos Inconfidentes, em Itabirito. Foto - Radar Geral
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Itabirito (Região Central de Minas) – Após matéria, que foi veiculada ontem (12/7), sobre invasão de 17 casas em construção no bairro Quinta dos Inconfidentes (conhecido como Country) por, aproximadamente, 50 pessoas de diferentes famílias, o prefeito Orlando Caldeira (Cidadania) procurou a reportagem e salientou: “O que eu disse foi: que eles retornassem para suas casas, pois eles estavam morando em casas antes das invasões”.

O prefeito continuou dizendo que se eles voltassem para as casas onde estavam, a situação se resolveria. “Invasão não é o correto. Essa é minha opinião sobre o caso”, afirmou.

Apesar de ter dito que a maioria dos invasores são de outras cidades, o prefeito afirmou que não foi adequada a forma com que o Radar Geral colocou no subtítulo da matéria: “Salientando que a maioria dos invasores são de outras cidades, Orlando Caldeira disse: ‘Eu sugiro que eles voltem de onde vieram’”.

Segundo Orlando, a impressão que se teve foi de que ele estava mandando os envolvidos voltarem para suas terras (cidades de onde vieram). “Não foi isso que eu disse”, salientou.

Vivia na casa da mãe

Após a matéria e ontem, chegou ao Radar Geral a informação de que Thiago Junio Nunes (27 anos), um dos invasores, não pagava aluguel antes da invasão, e que ele morava em imóvel que pertence à sua mãe.

O fato foi confirmado pela mãe e pelo próprio Thiago. Contudo, de acordo com ele, as desavenças eram constantes, e isso inviabilizou a permanência dele no imóvel da mãe. Apesar de ter admitido que não tinha despesa com aluguel, ele afirmou que arcava com as contas de água e de luz, e que diante de sua atual situação financeira, as contas começaram a atrasar.

Thiago disse ainda que tentou, uma vez, com 18 anos, trabalhar com carteira assinada, mas não conseguiu por causa de um problema na cabeça, que (segundo ele) foi decorrente de um acidente que sofreu.

Assistência social

Ainda ontem, a secretária de Assistência Social, Rosilene do Carmo Cardoso (a Rose da Saúde), uma assistente social e uma advogada estiveram na área da invasão.

Com isso, os ocupantes esperam algum tipo de ajuda.

Dificuldades

Os invasores sabem que invadir é contra lei. Sabem, inclusive, das possíveis consequências. Entretanto, eles estão vivendo em situação subumana: sem água encanada, sem luz, sem banheiro e passando por dificuldades de várias ordens. Não é preciso mencionar que os dias frios, por exemplo, são preocupantes para todos eles e para as autoridades.  

Trata-se de um problema que, de alguma forma, tem de ser resolvido. Mesmo porque a reintegração de posse já foi expedida pela Justiça.   

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