Radar Literário
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Às vezes, é preciso parar.
E olhar, realmente para trás. Então, pensar e analisar: cada um de seus passos. E assumir todo o roteiro que você escreveu por sua breve ou longa vida.
E, então, ter coragem! Ah, e ter muita coragem: de assumir que, a maioria absoluta de seus passos, foi você quem realmente deu. Foi você a mão responsável por tudo que está lhe acontecendo hoje. Mais NINGUÉM!
Porque é fácil demais delegar.
Delegar as vicissitudes, os fracassos e as frustações aos outros.
E, no entanto, às vezes, a culpa pode ter sido toda sua: por descuido, por falta de discernimento, por falta de atenção. Por inocente ou inconsequente displicência – com a sua própria vida.
E só então “a sua ficha cai”. E você percebe o quanto não teve cuidado com as pessoas que mais lhe importam na vida. E o quanto você as tratou mal. Ou o quanto você deixou de lutar pelo que realmente queria. E, ainda, o quanto você não percebeu que era realmente essencial seguir sua essência. Não “descaminhar”.
E o quanto você pode ter sido pseudoadulto, pseudossolidário e pseudo-humilde. E, ainda, o quanto você não se importou com os outros, alienado que estava apenas com suas prioridades, ambições e sentimentos.
Quer saber? Pare! E não fique inventando inimigos imaginários. Pois ninguém pode afetar tanto sua vida quanto você mesmo. Então, reflita bem: você está realmente cuidando da sua vida?
Priscilla Porto é jornalista e autora dos livros: “As verdades que as mulheres não contam” e “Para alguém que amo – mensagens para um pessoal especial”.